Assim que Eduardo compra o ingresso, o cara da bilheteria avisa que aquele era o último. Por sorte Eduardo estava com a carteirinha da faculdade e conseguiu pagar. Ele nunca foi tão feliz pagando meia-entrada.
O rapaz consegue entrar com dificuldade e vê a sua musa no palco.
Alice, no palco, vê a luz que entra pela porta e enxerga no perfil desenhado seu Eduardo. Não acredita no que vê. “Só pode ser uma alucinação!”
O perfil vai se aproximando com passos lentos e dificultados pela multidão.
Alice para de cantar. Sabe, no fundo, que não é uma alucinação. “É real!”
O perfil agora se torna alguém, o alguém tão esperado: Edu está ali, agora mais próximo do palco. As pessoas à volta estranham e iniciam um murmúrio.
Alice desce do palco. As pessoas abrem espaço para a passagem dela.
Eduardo tira do bolso a música que re-escreveu. Está a menos de um metro dela, finalmente. Entrega a música a Alice. Ela lê. Se emociona.
Eles se olharam e, antes dos lábios pronunciarem as palavras, já sabiam o que seria dito...
Em um sussurro baixo e intenso, três palavras são ditas por ambos. Ao mesmo tempo, as bocas se unem, enquanto falam: “Eu te amo”
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