terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O avesso das coisas...

"Droga Alice! Você sabia que precisávamos desses projetos pra hoje! A única coisa que você tinha que fazer era trazer! Não sei onde você está com a cabeça! Juro que não sei!" Com tantos dias pra esquecer alguma coisa em casa e Alice foi escolher logo o dia de entrega de projetos. Sua amiga Sophia discutia com a menina enquanto ela tentava resolver esse imprevisto. Alice parecia não estar ali, sua cabeça parecia que iria explodir. Sentia um sono que parecia não passar, nem se ela dormisse 36 horas... Mas ela não poderia relaxar, pegou seu carro e foi correndo para sua casa, onde estava seu projeto.

Quase que no mesmo horário, Eduardo acabava de acordar. Tinha faltado às aulas na faculdade, mas não parecia muito incomodado. Por mais que tentasse, não conseguia levantar da cama. Ficou deitado por mais algumas horas, olhando pro teto e esperando algum tipo de ânimo pra viver aquele dia. Sentia que havia algo errado, sentia que aquele não era um dia comum.


Alice chegou quase no final das apresentações do projeto e se tivesse tido sorte ela conseguiria apresentar seu trabalho. Mas sorte não era a palavra de ordem naquele dia do avesso. O professor percebeu a falta da parte dela. Era certo que quase tudo estava dando errado, mas o trabalho dela estava impecável. E, assim, ela acabou tendo que conversar muito com o professor. No fim, acabou conseguindo apresentar sua parte um outro dia. Ela até ficou aliviada: "Não era um bom dia!"

No outro lado da cidade, Eduardo almoçava, ainda sem ânimo pra sair de casa, mas preocupado com horários, pois o trabalho era a única coisa que ele não poderia faltar. Pegou sua mochila, verificou se seu Bilhete Único estava em seu bolso e trancou a porta, como um dia comum. Pena que não era um dia comum... 
Eduardo atravessou a rua, indo em direção ao ponto de ônibus perto de sua casa, quando avistou que o seu ônibus estava vindo. Na tentativa de pegar aquele ônibus, o rapaz correu, fez sinal, mas o motorista não parou. Ele ficou nervoso, parado ali no meio da rua.

Olhou pra trás, pois ouviu uma buzina...

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