Durante cinco minutos, ele ficou olhando a porta e lembrando-se de tudo que tinha ouvido falar sobre o pai da moça.
Apertou a campainha tentando fazer o mínimo de barulho possível e rezando para quem atendesse a porta fosse a mãe ou a própria Alice. Mas a sorte... Ah, a sorte não estava em seu lado naquele momento.
"Pois não?" - a voz tinha um tom tão ríspido, que ele começou a entender o porquê da fama que o homem tinha.
"Er.. Bom dia, senhor!" Uma tentativa de ser educado, mas logo foi cortado.
"Fala logo rapaz, não tenho seu tempo!"
Eduardo viu que não iria ter sorte com o pai dela, então não pensou duas vezes e não tocou em momento nenhum em assunto de banda.
"Bem, sou um amigo da sua filha, a conheço da faculdade. Ela deixou umas anotações muito importantes comigo, será que posso entregar a ela, pessoalmente?"
O Senhor fez um sinal de que ele poderia entrar e já foi logo gritando por Alice.
Ao perceber a presença do menino, ela pede pra ele esperar e se tranca no banheiro por alguns segundos. Queria pensar no que poderia falar com ele, pois sabia que ele foi buscar algumas respostas.
Enquanto isso, ele caminhava pela casa e encontrou uma porta semi-aberta: era o quarto de Alice. Ele entrou e começou a prestar atenção em cada detalhe daquele espaço, olhou suas fotos, alguns cadernos com composições da menina e, quando olhou para a porta, estava ela, parada e olhando para ele.
Ambos estavam assustados, e ela, quando percebeu que ele estava perto de algumas fotos, foi ate ele e pegou uma, na tentativa de esconder do rapaz.
Os dois se olharam, meio que sem palavras. Nenhum sabia como começar a falar, então é ela que solta as primeiras palavras:
"Me acompanha, vou te levar ao meu lugar favorito!"
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