quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Uma noite quase acabada

Eduardo estava em sua casa, fazendo uns preparativos para um evento - que só aconteceria semana na semana seguinte - movia coisas em seu quarto, editava algumas fotos...Tudo na esperança de matar o tempo.
Ele cantava suas músicas preferidas no volume máximo, como se pudesse calar sua mente que só o lembrava da voz de Alice, e das imagens daquela noite que tiveram. Eduardo achou que foi a noite de sua vida, como se tivesse nascido outra vez, e bem ao lado dela.


 De repente o celular dele toca: é Caio, seu amigo barman.
“Hey cara! A noite parece ta quieta pra vc, vamos sair..Tah sabendo q vai ter o show da Cinderela Destrutiva, no Galpão Fase 1. Se liga, toh te enviando o flyer no e-mail  =D  responde aí se vai, até mais”
"É, creio que eu vá mesmo, talvez o som de uma banda legal me deixe menos inquieto, distraia minha mente. Então... Bom... Minha noite vai mais silenciosa do que nunca, eu vou sim... A gente se vê lá então, ok?! =) ”

Alice estava em seu quarto fazendo alguns ajustes em  seus projetos para a faculdade e, olhando pela janela, algo lá fora a chamava para sair, mas ela tinha que ficar. TER que fazer algo! Essa era uma das definições que Alice detestava. Mesmo gostando do que fazia, ela queria estar fazendo outra coisa, como estar em outro lugar, com um certo alguém.
No facebook,  conversando sobre seus projetos com um pessoal da faculdade, ela viu um evento que iria acontecer naquela mesma noite. O mais surpreendente e capaz de tirar um sorriso do rosto da vocalista foi o "EU VOU" dado por Eduardo - Sim! O seu Eduardo! - no dito evento.

Em meio há algumas pessoas indo pra lá e pra cá, Eduardo não se sente bem. Cansado, ele decide sair e ir para casa, já havia curtido o que a noite tinha a oferecer e só pensava em desabar em sua cama e apagar.

Na saída, ele distraidamente olha para um lado, mas quando olha para o outro, lá está Alice.
A Esperança quase sumida dentro de Eduardo, de repente, reaparece personificada nela mesma. Ali, parada, ainda ao longe, gritando seu nome e, ao mesmo tempo dizendo com seu olhar: um 'Olá!' , um 'Boa Noite!', um 'Não Sei O Que Estou Fazendo Aqui, Mas  Acho Que É Saudade' ...
E ele respondia quase que não acreditando...



Seja o que for, a noite novamente os uniu.

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