Além da luz nublada daquela tarde, havia algo brilhante nascendo no rosto de Alice. Era uma lágrima que ela deixava cair, enquanto absorvia o que tinha acabado de acontecer. Alice tentou disfarçar, se assustou com a própria lágrima e o como aquilo foi bom para ela.
Eduardo se aproximou e secou sua lágrima com um toque suave no rosto dela. E esse mesmo toque a trouxe suavemente para mais perto dele, se olhavam sabendo o que estava para acontecer, mas tudo parecia durar muito mais tempo.
Quando fecharam os olhos, já estavam em um beijo que se misturava de leve com um toque salgado de uma lágrima, que não caíra do rosto de Alice.
Os pensamentos deles partiam pela pré-noite, no primeiro beijo. O beijo foi fluindo e acelerando muito mais do que o coração. Em suas mentes, seus pensamentos voavam rápidos em um fluxo louco de sensações que se esbarravam umas com as outras, mas não era caos, não era nada ruim. Ao contrário, era algo bom que ambos sentiam de verdade, pela primeira vez. Não era apenas um beijo, era algo além, um lugar onde eles sabiam quem era, e o que sentiam um pelo outro.
Até que abriram os olhos e se afastaram lentamente, um olhando para o outro, o rosto dos dois era uma mistura de sentimentos, estavam claramente felizes mas também não sabiam o que dizer.
Estavam confusos e meio sem graça, entretanto exibiam um sorriso pequeno que por dentro se abria em um largo sorriso, sorriso o qual, logo, queriam eles exibir um para o outro.
“Alice! Desde o dia em que te vi, isso tudo me fez sonhar, e agora a sinto aqui tão perto de mim!” Era uma onda de felicidade e calmaria...
“Eduardo! Você me fez chorar, seu garoto... como você pode ter feito isso? Mas, seja como for, você o fez e do modo mais bonito, porque foi tudo de felicidade...”
“Já não bastava ser essa pessoa maravilhosa que ela é, ainda beija tão bem!!”
“Esse garoto... Eduardo, você é um estranho conhecido, alguém que faltava pra mim.”
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